Depois de muitas idas e vindas e, ao menos, quatro reuniões entre os ministros Guido Mantega (Fazenda), Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia) entre sexta-feira e ontem, o governo anuncia hoje a segunda fase da política de desenvolvimento produtivo. Batizada de Plano Brasil Maior, contém medidas que foram vitaminadas de última hora para tentar, efetivamente, ampliar a competitividade do setor produtivo nacional. Está, inclusive, programada uma audiência da presidente Dilma Rousseff com sindicalistas e empresários antes do anúncio ao público, na qual serão apresentados os principais pontos da Medida Provisória (MP) que detalha o plano.
O rol é extenso e vai desde a regulamentação da lei que trata de compras governamentais com extensão para o setor da saúde até pontos mais polêmicos como a instituição de regimes especiais para a desoneração da produção e dos processos de inovação. A divergência quanto ao pacote de medidas da chamada política industrial evidencia o desalinhamento entre Pimentel e Mantega. Prometido desde que a presidente Dilma assumiu o governo, em janeiro, o programa tornou-se foco da discordância entre os dois. Limitado pela necessidade imposta pelo ajuste fiscal e pela política de combate à inflação, a política industrial deverá confirmar-se, para interlocutores do prório governo, mais um arrazoado de boas intenções do que uma arma realmente eficaz de competitividade.
Fonte: Brasil Econômico, Brasil - Ricardo Rego Monteiro, Simone Calvalcanti
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