quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Hoje ressalto uma interessante entrevista  da seção  5X Petróleo realizada  com a Sonia Agel, do escritório Schmidt, Valois, Miranda, Ferreira & Agel - Advogados. Ex-Procuradora Geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a especialista fala sobre temas polêmicos do setor petrolífero, como a 11ª Rodada de Licitações e a questão dos royalties.



1X) A realização da 11ª rodada de Licitações de Áreas da ANP está na dependência da aprovação presidencial e pode não haver tempo hábil para que ela aconteça ainda em 2011. A senhora acha que há prejuízo para o setor e para a agência caso a rodada fique para 2012?

A interrupção das rodadas de licitações patrocinadas pela ANP, com sucesso durante 10 anos, traz prejuízos não somente para o setor mas também para o País, seja pelo adiamento da esperada auto suficiência do petróleo, como da limitação dos recursos advindos das participações governamentais além da possibilidade de ampliação do mercado de trabalho. Ademais, acredito que essa interrupção possa fazer com que o portfólio das empresas passe a focar outros países produtores, como por exemplo, a Africa.

2X) O setor petrolífero nacional está acolhenco cada vez mais empresas locais como HRT, Queiroz Galvão e OGX. Qual a sua expectativa para a 11ª rodada, com relação à possível participação de petrolíferas brasileiras nos leilões?
Pelo interesse já demonstrado por inúmeras empresas nacionais e estrangeiras, acredito que a 11ª Rodada seria um sucesso. Pelo perfil das áreas que, segundo divulgado na mídia, seriam oferecidas, uma grande parte das empresas participantes seria de médio porte, nacionais ou estrangeiras.

3X) Como se dá o processo dos leilões da AN, durante sua realização, ou seja, como funciona a disputa no dia da licitação? O mecanismo é o mesmo de um leilão comum ou há alguma especificidade?

O leilão de blocos obedece um procedimento próprio conforme previsto na Lei do Petróleo e na regulamentação expedida pela própria ANP. Até a 10ª Rodada, a oferta para os diferentes blocos era composto de um Bônus de Assinatura mais um comprometimento com um Programa Exploratório Mínimo e um também comprometimento com um percentual de conteúdo local nas operações de exploração e produção. Cada um desses três itens possui um peso que ao final, combinados, indicam o vencedor com a melhor oferta. Não há como afirmar se essa regra será mantida na 11ª Rodada, caso aconteça.

4X) Com relação à disputa pelos royalties do petróleo, qual a sua opinião sobre os modelos de concessão e partilha? Qual deles se adapta melhor à realidade do setor petrolífero brasileiro e por que?
O modelo de  concessão mostrou ser o modelo adequado para atrair a entrada de novos agentes a exemplo dos países mais desenvolvidos tais quais Estados Unidos, Canadá, Noruega, Dinamarca, Holanda, Austrália, Nova Zelândia, Argentina, Venezuela e Arábia Saudita, dentre outros, que o adotam. Segundo esse modelo,  as reservas de óleo e gás contidas no subsolo constituem propriedade do Estado, o qual permite que empresas nacionais e estrangeiras, possam explorá-las, por sua conta e risco, isoladamente ou em consórcio com outras empresas, sob a regência das condições e prazos previstos no contrato e mediante a compensação obrigatória ao Estado através do pagamento das Participações Governamentais.

O Contrato de Partilha da Produção adotado nos países como Indonésia, Malásia, China, Índia, Paquistão, Yemen, Omã, Síria, Egito, Líbia, Nigéria, Angola, Curdistão, Cazaquistão, dentre outros, tem como principal característica a divisão, entre a União e a empresa contratada, do petróleo e gás natural extraídos de uma determinada área exploratória. O modelo adotado no Brasil, que tem a PPSA como participante obrigatória, juntamente com a Petrobras, em todos os contratos de partilha firmados, é uma grande incógnita quanto a sua eficácia e segurança jurídica.

5X) Qual a sua opinião a respeito da Medida Provisória que deu à ANP poder de regular o mercado de etanol? É positivo para o setor?
Em tese, o fato da ANP regular o mercado de etanol é positivo na medida que se trata de um combustível e, portanto sujeito à regulação como os demais. No entanto, a cadeia de etanol envolve outras entidades representativas cujos interesses podem gerar uma superposição de procedimentos burocráticos que inviabilizarão o mercado de etanol, já que, como uma commodity deve se submeter a um mínimo regramento.

Fonte: NN A Mídia do Petróleo

terça-feira, 13 de setembro de 2011

11 de setembro

As atenções foram voltadas, durante a semana passada, para a queda das Torres Gêmeas, há 10 anos atrás, no dia 11 de setembro. Histórias foram recontada, teorias reanalisadas e imagens, principalmente, imagens do dia, do dia anterior, dos dias que se passaram nestes 10 anos tomaram os veículos de mídia, do impresso ao digital. No NN, o foco desta cobertura não poderia ser outro. A redação preparou uma pequena, porém valiosa matéria sobre as mudanças na Economia da indústria do petróleo dez anos após o atentado. Não deixe de comentar no fim da página.

Mercado econômico se transforma após os atentados de 11 de setembro
Fonte: NN - Redação.

Marco histórico  A dez anos atrás o preço do petróleo tipo Brent estava em US$ 28 o barril, a economia dos Estado Unidos encontrava-se aquecida e possuía boas perspectivas para o ano de 2002. Após o atentado terrorista comandado por Osama Bin Laden, no World Trade Center e no Pentágono em Nova York, no fatídico 11 de setembro de 2011. Dez anos depois, o líder da Al Qaeda foi morto por integrantes das forças especiais da marinha americana, deixando rastro de 2.977 mil mortos e  diversas reviravoltas que marcaram o declínio da superpotência mundial.

Decadência  Uma década depois, o preço do petróleo aproxima-se dos US$ 115 o barril, os EUA deverão possuir déficit fiscal de US$ 1,58 trilhão em 2011, segundo o jornal Valor Econômico, e a economia está com problemas graves após crise mundial instalada em 2008. O rebaixamento da avaliação de crédito americana pela empresa Standard & Poors confirma a constante queda dos Estados Unidos como referência econômica.

Amenizada  A forte repressão ao Oriente Médio evitou que os Estados Unidos sofressem outro atentado terrorista em seu país. O terror também atingiu Bali (2002), Madri (2004) e Londres (2005) quando sofreram seus respectivos ataques em proporções menores comparado ao dos americanos. A Al Qaeda (organização fundamentalista islâmica) perdeu força política, mas não foi integralmente eliminada.

Ásia  Com a decadência americana após o atentado de 11 de setembro de 2001 a participação do mercado econômico asiático evolui crescendo em 16% seu poder de compra comparado ao início da década de 80. As ações asiáticas correspondem atualmente  por 31% da capitalização do mercado global, a frente da Europa, com 25%, e muito próximo dos EUA, que é de 32%, de acordo com o jornal Valor Econômico. No ano passado a China ultrapassou a Alemanha, conquistando o posto de maior país exportador do mundo em valor de mercado.

B-Reading®


O que você achou desta organização do texto, assim em "blocos". Notou a diferença? Gostou? Prefere a disposição tradicional? Deixe sua opinião aqui em baixo.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Um Rio de negócios

O Rio de Janeiro se converteu em um polo de atração de investimentos e passou a ser a unidade da Federação que mais receberá recursos nacionais e estrangeiros nos próximos anos. De um total de USD 268,8 bilhões anunciados para o Brasil em 2010, o Rio recebeu USD 18,45 bilhões, saindo da 3 posição em 2009 e indo para a 1 no ano seguinte, segundo o Relatório de Anúncios de Projetos de Investimentos (Renai) de 2010, elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), ao qual O GLOBO teve acesso. O estado passou à frente de Minas Gerais e São Paulo, que receberam, respectivamente, USD 10,6 bilhões e USD 10,4 bilhões.

A locomotiva desses investimentos bilionários é o petróleo na camada do pré-sal e o que a descoberta representa em termos de formação de cadeias de fornecedores dos mais variados segmentos da economia, como construção naval e siderurgia. Os americanos são os maiores investidores estrangeiros, com projetos específicos e em parceria com empresas brasileiras. Atualmente, há projetos espalhados por todo o estado. Em São João da Barra, no Norte Fluminense, destacam-se a construção de uma usina para a produção de placas de aço pela Ternium, no valor de US$ 6 bilhões, além da construção do Superporto do Açu, que vai consumir outros R$ 3,4 bilhões.  Em Angra dos Reis, a Technip destina R$ 700 milhões na ampliação do porto da cidade.
 Leia mais em: NN A Mídia do Petróleo
Fonte: O Globo, Economia

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Recorde não supre expectativas do mercado. Eles querem mais liquidez.

Bom dia! Hoje trago aqui uma matéria sobre as vozes que ecoaram no mercado financeiro depois da divulgação de resultados das gigantes Petrobras e Vale. É interessante notar que as empresas mais lucrativas no Brasil durante o período não atenderam a expectativa de alguns analistas - eles apontam a falta de liquidez, ou o tempo e custo das transações, como principal causa do desalento.

E mais, o NN usou um outro formato para organizar a mensagem desta matéria. Após a leitura, peço que deixem seus comentários no fim da página com suas opiniões sobre a esta forma de organizar a informação.

Petrobras e Vale ficam abaixo do esperado no mercado financeiro
Fonte: NN - Adriano Nascimento. Postado em 09.09.2011, 10:30 am


Decepção   Os lucros líquidos da Petrobras e Vale no primeiro semestre as credenciaram como as brasileiras mais lucrativas deste ano, atingindo a marca de R$ 21,928 bilhões e 21,566 bilhões respectivamente. Esta evolução foi recorde comparada com o mesmo período do ano passado. Entretanto, os resultados apesar de apresentarem crescimento, ficaram abaixo da expectativa dos analistas do mercado de bolsa de valores, em função dos custos e despesas operacionais atribuídas.

Comparação  Segundo fontes do mercado financeiro, o resultado obtido pela Vale foi melhor do que o da Petrobras em função do elevado preço do minério no mercado internacional e dos maiores volumes vendido no período. No caso da estatal, os custos de exploração e de refino atrapalharam a rentabilidade, assim como a defasagem dos preços da gasolina, que pressionaram as margens da empresa . A questão política vivida pela a Petrobras também foi levada em consideração, uma vez que os reajustes de combustíveis não seguem um padrão como no mercado internacional, sendo, no caso brasileiro uma decisão política do governo.

Pretensões 
 De acordo com analistas financeiros, as perspectivas para a Petrobras e Vale divergem, apresentando um cenário mais favorável para a mineradora em função de melhores fundamentos para o setor no qual atua.  “A forte demanda da China vem sustentando os preços do minério em níveis elevados e vem garantido volumes crescentes de venda de minério da Vale” , explicou um profissional do mercado, que prefere não ser identificado.


Dúvidas  Em relação à Petrobras, seus fundamentos são mais complexos em função dos elevados investimentos programados para os próximos anos, sendo que seus resultados terão impacto nos lucros futuros da estatal a longo prazo. Essa situação entre investimentos e retorno financeiro para a empresa tornam suas pretensões no mercado financeiro mais arriscadas e desafiadoras.


E ai, o que vocês acharam? Comente logo ali embaixo.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Petrobrás vai a Europa mostrar o que aprendeu até agora


Pré-sal é tema da Offshore Europe 2011

Fonte: NN - Redação.

A Petrobras participou da SPE Offshore Europe Exhibition and Conference 2011, nessa quarta-feira (7/9), em uma sessão de apresentações voltada para a discussão de “desafios e soluções tecnológicas para o desenvolvimento dos campos do pré-sal em águas ultraprofundas na Bacia de Santos”.
Executivos da Companhia abordaram temas como os obstáculos de tecnologia de reservatório que surgem durante o trabalho nos campos do pré-sal, injeção de água, projetos de pesquisa e desenvolvimento, caracterização e modelo de fluxo de fluidos de reservatórios para os campos do pré-sal, além de captura, armazenamento e transporte de CO2.
Os palestrantes destacaram a importância de "curvas de experiência nos poços de desenvolvimento de produção no pólo do pré-sal na Bacia de Santos". Para poder produzir a Petrobras está mapeando suas experiências e aprendendo com elas visando as etapas de produção no pré-sal a serem implementadas ao longo de um período de tempo de 20 a 30 anos, que também envolverão repetidos testes.” Um dos objetivos dos testes é estimar a curva de experiência das despesas de capital do pré-sal e estabelecer os processos internos necessários para otimizar as despesas no pré-sal.
À tarde, durante a sessão Deep Water Zone da Offshore Europe 2011 foram discutidos temas relacionados às tecnologias de mapeamento, riscos oceânicos e geológicos para a perfuração de petróleo e gás e a história e desenvolvimento Reino Unido no oceano Atlântico. Nolan Maia Dehler, engenheiro de petróleo da Petrobras, falou sobre a estrutura da crosta e do manto do rift no Atlântico sul e como a Petrobras foi capaz de obter informações sobre a área
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Presença na Niteroi Naval Offshore


Smart Express na NNO

Fonte: NN - Redação


Realizada entre os dias 7 e 10 de novembro no Caminho Niemeyer, em Niterói (RJ), a Niterói Naval Offshore (NNO) promete movimentar o setor naval da cidade onde essa indústria começou, com o Estaleiro Mauá. “A NNO 2011 é uma oportunidade em que o empresário especializado poderá expor os seus produtos e serviços a uma gama bastante ampla de visitantes empresariais, profissionais e administradores”, explica Pedro Thadeu Silva, presidente do Instituto de Tecnologia Aplicada a Energia e Sustentabilidade Socioambiental (ITAESA), que organiza a feira, ressaltando as possibilidades de negócios no evento.
A Smart Express®, empresa de remessas expressas do Grupo Nicomex, também estará presente na NNO, demonstrando para as companhias e visitantes as vantagens do serviço de importação e exportação de peças e equipamentos em tempo reduzido – 24 horas – no setor offshore. “A feira é um momento único para apresentarmos nossos serviços e, também, verificarmos a indústria, saber quais as novas tendências e demandas”, ressalta o Diretor do grupo, Gilberto Castro.
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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Pré-sal: Cabral tenta consenso para royalties

O governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, propôs ontem ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, elevar em 30% as participações especiais, cobradas pelo governo das empresas que exploram campos altamente produtivos. Ele explicou que essa fórmula agradaria aos Estados produtores e aos não produtores de petróleo, evitando um impasse na negociação. Governadores correm contra o tempo para chegar a um consenso sobre a divisão dos royalties do petróleo do pré-sal.

Cabral disse que sua proposta evitaria perda de arrecadação da União e dos Estados produtores, como o Rio e Espírito Santo, e beneficiaria os Estados e municípios não produtores de petróleo com uma receita adicional de R$ 3 bilhões. O custo da medida recairia sobre as empresas de petróleo, como a Petrobrás. Por isso, a ideia não agrada ao Executivo federal. Na área técnica, o argumento é que o aumento do custo poderia prejudicar os investimentos da petrolífera. Mantega, segundo Cabral, avaliará a proposta.
Fonte:Estadão, Economia - Renata Veríssimo
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